NOCAUTE

Tuesday 6 April 2010

LEITURAS AMENAS QUE

Hum! Depois de revelar, à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que durante 6 anos, quando era secretária da secretária dele, manteve um caso com o ainda maridinho de dona Sara; que não foi a causa e, sim, a consequência da separação; que o maridinho levou a própria empresa à falência; dona Deuza, esposa do governador de São Paulo, a partir desta terça-feira, promete lançar um livro cujo título será ‘Histórias e Estórias’, com subtítulo que ela classifica de pitoresco, embora não consiga se lembrar de qual seja. Na entrevista de página inteira, a filha Paula intervém e pede pra mãe queimar o livro. Nas arquibancadas, contudo, arquibaldos e geraldinas gritam – edita, edita! -, afinal, dona Deuza garante que ainda tem muita coisa pra contar. Enquanto a obra não chega, aguardarei imbuído da saudade do poeta que me leva a ouvir, na voz de Nelson Gonçalves: a deusa da minha rua tem os olhos onde a lua costuma se embriagar.

Humm! Depois do retumbante fiasco das declarações plantadas em fevereiro passado pelo sociogro Fernando Henrique Cardoso, no Miami Herald, comparando, entre outras coisas, a Dilma com o Hugo Chaves, eis que surge no cenário internacional um novo produto lançado por um jornal que Obama chama de feudo do Partido Republicano, aquele do George Bush, o filho. Trata-se de uma espécie de Larry Rother de saia, que atende pelo nome de Mary Anastasia O’Grady e é editorialista do Wall Street Journal, publicação do tubarão Murdoch, que resolveu desacreditar o atual governo afirmando algo mais ou menos assim: o povo brasileiro elegeu o Lula consciente de que FHC continuaria governando o país. Lembremo-nos de que se trata do mesmo jornal que dedicou um caderno inteiro às possibilidades do Brasil se transformar em potência mundial. Se a divulgação não coincidisse com a festa de entrega do cargo e o mergulho definitivo, espera-se, do político Serra na campanha presidencial, muita gente já estaria berrando contra dona Maria Anastácia Graduada, acusando-a, no mínimo, de estar a serviço do PSDB - o que seria uma injustiça. O que a Larry Rother plissê quis dizer, no fundo, foi o seguinte: enquanto FHC vivo for, o Brasil continuará em sua inexorável caminhada na direção do futuro que um dia há de chegar e, portanto, não fará diferença eleger Dilma ou Serra. Minha esperança vai bem mais longe: acredito que, depois de morto, FHC ainda continuará enviando as orientações a serem psicografadas, por alguma alma privilegiada de plantão, e implantadas para felicidade geral da nação. Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz, eu sei, saudades do Gonzaguinha e do Gonzagão, um dia a gente ainda descansa feliz.

Hummm! A insistência no ‘allegro con fuoco’ no final parece uma coisa meio deslocada, mas se encaixa no tempo. Recentemente, a senadora e candidata Marina Silva, que deseja destruir a polarização entre o PT e o PSDB, revelou que sua missão é ‘mostrar ao povo que temos de compor uma sinfonia e criar uma orquestra, como algo que mude nosso modo de produção, consumo e de relacionamento com a natureza’. Parece coisa do anão Alberich, no Anel dos Nibelungos, disposto a roubar o tesouro do reino. Saudades do Wagner.

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