PAUTAS

Friday 28 November 2008

BIG BROTHER POLÍTICO

Aconteceu na Georgia: a emisora de televisão Imedi, comandada por um obscuro grupo vinculado à máfia judenga próxima ao presidente Mijaíl Saakashvili, colocou no ar durante uma hora um programa anunciando e descrevendo uma invasão russa ao país,

com tanques, a morte do presidente, matanças e tudo de direito. Ninguém foi avisado de que tudo era apenas um BBG – Big Brother Geórgia – político, ou seja, um espetáculo inventado. OBS.: Não houve cenas de sexo. A quem mais interessar possa, está no seguinte endereço italiano:

http://www.megachipdue.info/component/content/article/42-in-evidenza/3131-a-tblisi-va-in-onda-lunreality-show.html

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A TESOURA FINANCEIRA

Mudança climática: ciência versus avestruzes

Martha Elizabeth Corazza



Brilhante entrevista do cientista Carlos Nobre à revista Pesquisa Fapesp de janeiro. Nobre, respeitadíssimo na comunidade científica internacional, é uma das mentes que ajudam a iluminar um pouco a situação do planeta, devastado pela ganância dos 'lobbies' petrolíferos e do temível agronegócio, entre outras forças incontroláveis criadas pela 'civilização'.


Desde os mitos ancestrais, adotados por povos que abominavam a agricultura por ferir e subjugar a terra, até o atual cenário de alta tecnologia do agronegócio, muita coisa mudou, é fato, mas a verdade comprovada pelos fatos mais recentes é uma só: não há como sustentar a produção de alimentos para quase sete bilhões de pessoas na base da ocupação da terra para agricultura ou criação de gado, atividades que aumentam exponencialmente a velocidade das mudanças climáticas.


Às vésperas de grandes desastres climáticos (muito além do que o IPCC pode desenhar no momento), há quem insista em discutir, como um avestruz com a cabeça enterrada, ideias criminosas como a de avançar na Amazônia para derrubar florestas e expandir os lucros do agronegócio.


E há também os novos ingênuos, que debatem a miragem de uma agricultura 'sustentável'. Para o planeta, com certeza, essa possibilidade, a esta altura dos acontecimentos, é nula. A cabeça do ser humano já deveria estar voltada para outros conceitos, como o do alimento sintético, por exemplo, em vez de teimar em bater a marreta no pobre planeta.


E isso não é apenas ideia de 'malucos militantes verdes', como gostam de sugerir certos analistas pagos pelos 'lobbies'. A preocupação está em todas as mentes que sabem usar bem sua capacidade analítica. Como bem lembrou recentemente, em conversa informal com esta coluna, um economista ligado a um dos maiores bancos de investimento nacionais, 'as pessoas que ainda insistem em negar as evidências das mudanças climáticas deveriam mandar examinar a cabeça'.


Estão aí projetos de investidores globais que tentam discutir o assunto,como o Carbon Disclosure Project - CDP - atualmente envolvendo 385 investidores (dos quais 41 brasileiros), que representam um total de US$ 57 trilhões sob gestão e outros. É pouco, é claro, principalmente considerando que os 'bulldozers' dos 'heróis' do agronegócio e os poços de petróleo pretendem continuar avançando.


Quem viver, verá.

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FRICÇÕES

CARA BOLA

Durante descontraído bate-bola, ‘em la noche de lunes’, entre Diego Armando Maradona e uma das suas mascotes, uma cachorra de 4 anos, aconteceu o inesperado: o animal, a cachorra, confundiu a cara do astro com a bola e plantou os dentes no fofo.

El Pibe, técnico da seleção Argentina e mito do futebol mundial, teve que ser operado às pressas, mas passa bem e deve ter alta hoje. Fala-se, à boca pequena, que, com sua atitude, a cadela deverá receber punição pesada da Asociación del Fútbol Argentino, estando praticamente descartada sua participação na Copa do Mundo que se avizinha.

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ARTES E COMPANHIA

AI! CAI NA TRAGÉDIA

Um mero
Melro
Em boa hora
Silencioso
Encanta
Aos pulos
Pela gaiola
Maravilhada
A menininha
Aninha
Sob o poleiro
A gata
Nhoc!
Cholp!
Inhame!
Delicioso
Lambe o focinho
Chega a vovó
Penosamente
Avista penas
Em pleno voo
Acha que é muda
Mas perde a fala
Quando a bichana
Põe-se a pedir
Para deixar
O refeitório
Miando assim:
Mi
Ava
Gardner
Cecil
A mais linda
Uma estrela
Com permissão
Para matar
O triste azul
Enfurecida
Mandamental
Berra a vovó
Não matarás!
Punhal em punho
Avança firme
A neta chora
Por Ava implora
Faz cena em vão
Vovó Cecil
A inclemente
No coração

O aço enterra
De Ava Gardner
Somente
Evidentemente

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PAULISTANACIDADE

POSTES NAS NUVENS

Quarta-feira, dia 10 de março de 2010, 10 e 30 da manhã, calor de rachar moleira de beduíno dentro do micro-ônibus itinerário Vila Monumento-República. Na Conselheiro Furtado, o trânsito está congestionado por causa de um exercício de simulação de incêndio no quartel dos bombeiros, na Praça Clóvis. No Piccolo, cuja lotação é estipulada para 25 pessoas sentadas e 11 em pé, poucos passageiros e eiras esticam e giram pescoços, sobre os quais há cabeças com olhos e bocas que indagam ao vento mudo os motivos, ainda desconhecidos, do nó. No segundo ponto, o motorista abre a porta e sobe um japonês que fala mais que locutor do jóquei.- Bom dia, motorista, eu vou sentar aqui na frente porque não estou vendo nada, só uma nuvem branca na minha frente. Fiquei desde às 5 da manhã na Tabatinguera, pingando colírio de 2 em 2 horas, exame de glaucoma, sabe? Havia umas 10 pessoas.

Depois, entramos numa sala escura e ficou todo mundo feito gato, olhos brilhando na escuridão, sabe? Só vejo uma nuvem branca, sabe?
- Sei.
- Aceita um biscoito integral?
- Não, obrigado.
- E a senhora? – ele se dirige à mulher que ocupa o assento atrás do motorista que carrega um bebê loirinho no colo e, educadamente, também recusa a bolacha do pacote aberto que ele aponta na direção da criança.
- Sabe, senhora, quem tem um não tem nenhum – a senhora faz uma cara de indignação e ele tem consertar a frase.
- Sabe, senhora, essa é a melhor idade. Sabe, quem tem três também não tem nenhum. Eu sou viúvo há 3 anos e tenho três, uma de 16, um de 18 e outro de 21. Meu irmão tem 4 filhas, mulheres, sabe como é, toda semana tem churrasco na casa dele, os namorados levam a carne. Meu caso é um pouco diferente, sabe?
- Entendo.
- E esse trânsito, motorista, por que será? Eu me lembro de quando as coisas eram diferentes. Eu tinha uma moto, sabe?
- Sei.
- Aquela de tanque redondo, 7 Galo. Uma vez atropelei um cavalo na Dutra, perto de Arujá. Ao ver que não tinha jeito, acelerei e a moto entrou dentro da barriga do bicho, quase morri. Se fosse de carro teria capotado e, quem sabe, ido, porque o cavalo entra com tudo pra dentro e é um inferno, sabe?
- Sei.
- Noutra ocasião, peguei um cachorro na Imigrantes, não tive como escapar com minha 7 Galo, caí e me machuquei bastante, sabe?
- Sei.
- Motorista, mais de 20 minutos e não andamos nem 500 metros, acho que vou descer e tentar ir a pé mesmo no meio da nuvem. Vou ali na praça Antônio Prado, sabe?
- Sei.
- E então, pode fazer a gentileza de abrir a porta pra mim fora do ponto?
- Vou quebrar o galho pro senhor, mas cuidado com os postes no meio das nuvens.

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