NOCAUTE

Tuesday 28 December 2010

PREVISÕES DE A A ZÊ
 

Aguardente – Boas abrideiras serão lançadas no mercado brasileiro em 2011, com enorme potencial para exportações para a Alemanha, Rússia e Alasca. Surgirá, entretanto, entre os lotes, um inesperado falsificado dando-se como origem um dos mais tradicionais engenhos de Paraty, no Rio de Janeiro. A falsificação será denunciada por um alcoólatra de Copacabana, que irá ao órgão estadual de defesa do consumidor levando a garrafa em cujo rótulo indica-se que a graduação é de 46,2%, quando o correto seria 46,3%. Além de notar a diferença ao beber o precioso líquido, ao consumidor, em luta pelos seus inalienáveis direitos, chamará atenção a inexistência das seguintes observações no rótulo da mamãe-sacode: ‘evite o consumo excessivo de álcool’ e ‘beba com moderação’. Observará, estranhamente, nada constar sobre a ausência de glúten.

No geral, a garrafa de vidro verde, à prova de tombos, a rolha de cortiça, o selo de garantia, sob um plástico transparente, o rótulo e a quantidade, cujos 750 ml preencherão o recipiente até a altura da base do gargalo, todos serão idênticos ao produto original. Até mesmo o registro do produto no Ministério da Agricultura e a Inscrição Estadual parecerão legítimos.

Este será o primeiro grande escândalo do ano em questão. Quem sobreviver às consequências do efeito estufa, aos raios que o parta do sol, infiltrados pelas crateras na camada de ozônio, conseguir ler e entender Gaia – cura para um planeta doente -, do James Lovelock, em cerca de duas horas, verá se tenho ou não razão. Em particular, ao cobrar 1 quilo de alimento não perecível a consulta, na minha tenda piramidal itinerante, e 2 quilos no atendimento em domicílio.

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