NOCAUTE

Wednesday 17 November 2010

AI! CAI DA TORRE

Eu sou um artista
Rapaz
Com imaginação
Eu sou mais
Que o mero comum
Dos mortais
Abre as asas sobre nós
O pavão místico ocioso
Sob todos os efeitos
Aos quatrocentos ventos
Com o olhar no infinito
Haure a aura luminosa
Diante do espelho goza
Nada lhe falta ao prosa
Ora, as luzes da ribalta
Disso não precisa ele
Tem a sua torre própria
Erigida em marfim
Ai como eu gostaria
De ser tão também assim
Como um biscoito de nata
Numa árvore de Natal
Um brioche na bandeja
Enfeitado com cereja
Um strudel especial
Com chazinho natural
Um sorvete de hortelã
Numa cálida manhã
Um alfajorzinho de leite
Buenairense deleite
Mas quem não é artista
Sofre como condenado
Às grades de Bangu Um
Onde todo dia se come
O rango que o diabo amassou
Sonhando com petit gateau
E profiteroles do amor

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